quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pedro Port



Eis que encontro a doçura
A pétrea doçura do poeta
que puxou conversa
e me ofereceu seus versos
numa corriqueira tarde de terça-feira
na Lagoa da Conceição.
Com carinho aceitou levar
minha singela poesia cotidiana.
Leu. Afagou-me a alma
Devolveu-me ternura
Acertou meu coração.
Feliz encontro:
ele vem comigo
e eu vou com ele!

- Bianca Velloso -

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Ah, o amor!



Recebi de presente esta frase:

"O amor é um pássaro rebelde: não aceita gaiolas".

Então respondi:

Tenho um coração escorpiano,

Tinhoso que só ele!

Não me obecede nunca!

E desconhece a palavra calma.

Resolveu, por conta própria, alçar voo.

Voo kamikaze? Talvez sim...

Enfrenta a razão com uma coragem

De dar inveja ao mais destemido guerrilheiro!

Fico eu aqui com um frio na barriga...

E um medo sem tamanho!

Mas é tão bom...

- Bianca Velloso - 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Decifrando a leitura e a escrita


Helena está ensaiando os primeiros passos na grande aventura da palavra escrita. Até pouco tempo escrevia meu nome deste jeito: BIACA. Observando minha escrita percebeu a presença do "N", mas até então não entendeu sua função ali. Passou a escrever BIACNA. Não corrijo, afinal ela não tem nem 5 anos ainda e tudo isso é, para ela, uma bela brincadeira. E é assim mesmo que tem que ser por enquanto! Hoje verbalizou a dúvida:

- Mãe, por que o N do teu nome não tem som?

- Tem som sim, filha, é Biannnnca. Se não tivesse o N ficaria Biaca.

- Não, mãe, se o N tivesse som ficaria Biâncana!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Os sonhos de Helena

Como a musa de Galeano, minha Helena também sonha. No próximo mês ela completará 5 anos:

- Mãe, eu sonhei que os teus óculos cairam num bueiro perto da minha escola. Aí eu tirei os meus óculos também e não conseguia enxergar nada!

Como ela consegue fazer uma construção complexa assim? Sim, em outras palavras ela estava dizendo: "Mãe, o meu olhar depende do teu! O teu olhar direciona o meu!" A verdade é que meu olhar também se alimenta do dela!

Isso me fez lembrar outro texto do Galeano:

"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovakloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar!”

- Bianca Velloso - 

sábado, 3 de novembro de 2012

Coisas de Helena

- Mãe, eu te amo! Te amo até o espaço sideral! Até o mais longe de espaço sideral: até o Planeta Mercúrio!

- O Planeta Mercúrio é o mais longe do espaço sideral?

- É!

- Então tá! Te amo filhota! Até o infinito! Linda da mamãe!