Vasculhando uma caixinha em que guardo brincos, pulseiras, colares e aneis, Helena encontrou um pequeno terço, presente de uma amiga de minha mãe. Perguntadeira que está, não demorou para questionar:
- O que é isso, mãe?
- É um terço, filha.
- Pra quê?
- Pra rezar, meu amor.
Colocou o terço em volta dos lábios e soltou uma risada forçada. E me entregando o terço, falou:
- Ó, mãe, "risei".
Não tenho religião, mas não sou atéia. Creio que, para Deus, uma "risada" dessas vale muito mais do que qualquer reza!
Até eu que sou ateu, creio que vale. Nada paga essa lógica da inocência!
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