domingo, 2 de dezembro de 2012

Vivendo literatura

"Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer

Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de deus

Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu" - Chico Buarque em Sem Fantasia



Gosto do meu trabalho das manhãs de sábado. E gosto da viagem solitária de uma hora que enfrento para chegar ao local.

Ligo o som do carro: Oswaldo Montenegro cantando músicas do Chico. O pensamento voa. Um turbilhão de ideias e sensações, sonhos misturados... Penso no homem que resolveu alojar-se em meu coração... Os sonhos agora são todos com ele... 

Ele colocou-me dentro de um livro (é a maneira que sinto nossa história). Um livro ainda não escrito (será?). Estar dentro de um livro não é prisão. É liberdade. Expansão. Conhecê-lo me ajuda a libertar-me dos meus próprios dogmas e paradigmas - ao  mesmo tempo em que acolho os dele, sem tomá-los para mim, apenas para entender e sentir este homem em mim. É tão bom exercitar a liberdade ao seu lado...

Ai, ai! Deixa eu respirar, recompor-me e começar a trabalhar...

Ah, nego! Gosto tanto de ti! Que bom seria se existisses de verdade!

- Bianca Velloso -

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