Conversávamos enquanto montávamos um tapete de letrinhas que ela tem:
- "V" é de Vivi, né, mãe? De Vivi e de Vitória.
- De Vivi, de Vitória, de Val, de Vuvuzela.
- "V" é de Val também, mãe?
- É.
- O que é vuvuzela?
- É aquele negócio de assoprar que tu ganhaste para torcer para o Brasil.
- Ah!
Mais tarde, voltando da escola, ela aponta:
- Olha um carro preto, mãe.
- Isso mesmo, meu amor. Quem tem um carro preto?
- O dindo.
- Isso mesmo! E o nosso carro, que cor é?
- É azul.
- Não, o nosso carro é vermelho.
- O que é azul, mãe?
- Azul? É a cor daquela luz que tem lá em cima da Maçonaria - e apontei, estávamos bem em frente.
- E o que é rosa, mãe?
- Rosa é a cor do teu sapatinho de princesa.
- Não, mãe, mas que nome é rosa?
- Rosa é o nome da mãe do Davi.
- Não, mãe, que letra é rosa?
- Que letra? Rosa começa com a letra "R" de Rafa.
Helena chora.
- Que foi, filha?
- Não, mãe, a minha letra que é rosa!
- Ah! O teu "H" no tapete é rosa mesmo!
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